sexta-feira, 26 de setembro de 2014

“Eu olho para a cruz e vejo dor. O terror, a angústia por carregar sobre si todas as dores e transgressões do mundo, esmagavam o filho de Deus. O sangue se mistura ao suor, que escorre por todo o corpo até a terra. Os soldados cuspiam no Salvador do mundo, o homem que não fez nada além de pregar o amor. Suas costas foram chicoteadas. Pequenos pedaços de ossos e bolinhas de chumbo nas pontas do chicotes, e a cada chibatada, um sobressalto de dor. Sua força se esvai. Uma coroa de espinhos em sua cabeça penetra seu couro cabeludo vertendo mais do seu sangue. Tiram sua túnica. Cada fio de tecido aderido a carne vida, produz uma dor atroz. Mas como um cordeiro, manteve-se em silêncio no sofrimento. O filho do Deus altissimo é posto na cruz. Suas mãos recebem pregos. Seu nervo mediano foi lesado, produzindo uma dor lancinante, que se espalha pelos ombros até chegar ao cérebro. A cruz é levantada, esticando seus nervos como cordas de um violino. Seus músculos se enrijecem, os pulmões cheios de ar não conseguem mais esvaziar-se. Num esforço inimaginável, seus pulmões se esvaziam e ele grita: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”. Todas as suas dores, a sede, as cãibras, a asfixia lhe arrancam um lamento: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?” Jesus grita: “Eli Eli Lama Sabactâni”. “Tudo está consumado!”, em português. Em seguida num grande brado diz:
“Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”. O filho de Deus morreu pra que tivéssemos vida. 3 dias depois ressuscitou, venceu a morte pra nos salvar, e é digno de todo o louvor. Eu olho para a cruz. Eu vejo o corpo ser maltratado, dilacerado. Eu olho pra Jesus. E o que mais o machuca é a minha ingratidão.”

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